76% das empresas são superadas pela velocidade de ataques com IA, revela pesquisa

Pesquisa da CrowdStrike aponta que 76% das empresas não conseguem acompanhar a velocidade dos ataques com IA, necessitando de defesas mais eficazes.

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Profissional de TI analisa painéis de segurança digital com alertas de ataques cibernéticos baseados em inteligência artificial em uma sala de controle moderna.

Profissional de TI analisa painéis de segurança digital com alertas de ataques cibernéticos baseados em inteligência artificial em uma sala de controle moderna.

Ofensiva de Ataques com Inteligência Artificial Aumenta Desafios para Empresas

A crescente onda de ataques cibernéticos impulsionados por inteligência artificial (IA) está superando a capacidade de resposta das organizações. Um estudo da CrowdStrike revela que 76% das empresas globais não conseguem acompanhar a sofisticação das invasões baseadas em IA. Além disso, 89% dos entrevistados afirmam que a proteção com suporte de IA é crucial para enfrentar essa nova realidade, evidenciando que a disputa pela superioridade em IA será determinante na luta contra violações de segurança.

Principais Achados da Pesquisa

Defesas Tradicionais em Declínio

Quase 48% das organizações consideram que as cadeias de ataque automatizadas por IA são a maior ameaça atual de ransomware. Ao mesmo tempo, 85% afirmam que os métodos tradicionais de detecção já não são eficazes contra esses ataques sofisticados.

A Velocidade como Fator Crítico

A pesquisa indica que quase metade das empresas teme não conseguir detectar ou responder rapidamente aos ataques impulsionados por IA. Menos de 25% das organizações afirmam ser capazes de se recuperar em 24 horas, e cerca de 25% relatam perdas significativas de dados ou interrupções graves.

Engenharia Social Potencializada pela IA

O phishing continua a ser um vetor predominante, com 87% das organizações afirmando que a IA torna as iscas muito mais convincentes. Além disso, deepfakes estão emergindo como ferramentas poderosas em campanhas de ransomware.

Pagamento de Resgates e Reinvestidas

Entre as organizações que pagaram resgates, 83% foram atacadas novamente, e 93% sofreram roubo de dados, mesmo após o pagamento. Isso demonstra que ceder à extorsão não encerra o ciclo de ataques, mas o perpetua.

Desconexão entre Liderança e Realidade Operacional

Um dado alarmante revela que 76% das empresas percebem que a visão da alta liderança sobre a prontidão contra ransomware não corresponde ao nível real de preparação. Isso destaca a necessidade urgente de envolvimento da diretoria para modernizar as defesas cibernéticas.

Implicações para a Alta Liderança de TI

Para diretores e executivos de TI, os dados do relatório são um alerta: as defesas convencionais estão se tornando obsoletas. É fundamental mudar a estratégia para antecipar e neutralizar ataques antes que ocorram, o que requer uma nova mentalidade e investimentos adequados.

Isso implica:

Contexto Ampliado: A Corrida pela IA e os Atacantes

Os atacantes não atuam mais como piratas isolados, mas sim como organizações altamente estruturadas, utilizando investigação de ameaças, automação e IA para escalar suas operações. O relatório da CrowdStrike indica que, em 2024/25, o perfil dos atacantes mudou significativamente, com recordes em tempo de propagação e maior uso de ataques sem malware.

Essa evolução exige que as defesas deixem de ser reativas e se adaptem ao presente e ao futuro, onde a resposta deve ser imediata e a manipulação da confiança humana, facilitada pela IA, é comum.

No Brasil, esse cenário é agravado por dependências de sistemas legados, escassez de talentos em segurança e falta de visibilidade em ambientes híbridos e na nuvem. A adoção de tecnologias de segurança baseadas em IA deve ser acompanhada de governança robusta, treinamento e alinhamento estratégico.

Fonte por: Its Show

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