A Asus modifica sua estratégia de produção, evitando a instalação de fábricas nos EUA para escapar das tarifas
A empresa tem buscado superar as tarifas de importação impostas pelo presidente Trump, ainda que a cadeia logística apresente dificuldades.

A ASUS anunciou que está realocando a produção de computadores pessoais e placas-mãe para outros locais. Contudo, a empresa não transferirá a produção para os Estados Unidos, ao contrário do que o presidente americano desejava, sendo um dos fatores que motivaram a imposição de tarifas. Segundo um porta-voz, em uma teleconferência de resultados, mais de 90% dos computadores pessoais e placas-mãe destinados ao mercado americano são fabricados fora da China, notadamente na Tailândia, Vietnã e Indonésia.
As informações são da PCMag, que traduziu a declaração do representante. E elas não mencionam explicitamente os impostos de importação elevados e constantemente variáveis do presidente americano Trump como causa, mas o assunto fica implícito.
Após negociações recentes sobre tarifas no início deste ano, com um limite de 145%, a alíquota atual para bens e materiais enviados da China para os EUA é de 30%. A maioria dos outros países possui uma tarifa de 10%, com impostos mais elevados definidos para certos países e setores.
A China tem sido o principal polo de fabricação global há décadas, devido aos custos de mão de obra reduzidos e às políticas governamentais favoráveis às empresas. Atualmente, com os Estados Unidos buscando alterar essa situação, as empresas estão começando a considerar alternativas.
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As ações de Trump.
Trump tem variado com frequência entre tarifas e outras políticas econômicas. O presidente americano ameaçou impor um imposto de 100% sobre todos os chips importados, com exceções para empresas que investem na fabricação nos EUA.
A ASUS, notavelmente, não se qualificaria para essa exceção, embora seus produtos utilizem componentes fornecidos por empresas como Intel, AMD e TSMC.
Devido à dependência de inúmeros componentes distintos na fabricação de placas-mãe, torna-se improvável que a empresa transfira a produção para os Estados Unidos.
A complexidade logística da fabricação desses dispositivos, aliada aos custos elevados de mão de obra e imóveis, torna-se praticamente inviável uma transferência em larga escala para países ocidentais.
A produção na China ainda é rentável, mesmo sem vendas nos EUA. Assim, é improvável que o mercado interno seja ameaçado por um país que impõe massivas tarifas às importações. Mesmo que este país seja os EUA.
Situação da Concorrência
Empresas dos Estados Unidos e de outros países que dependem da China para a fabricação enfrentaram dificuldades para se ajustar às tarifas implementadas por Trump ao longo de 2025. O aumento nos custos resultou em preços mais elevados, principalmente em produtos finalizados.
A Nintendo implementou um aumento surpreendente no preço do Switch original, em resposta às tendências do mercado. Trata-se de um console com quase dez anos de existência. A empresa decidiu adiar as pré-vendas do Switch 2 para analisar as taxas de preço.
Os notebooks ASUS apresentados na CES estão sendo comercializados com preços consideravelmente superiores aos previamente apontados, ainda assim, foram disponibilizados para venda logo em seguida.
A ASUS, notavelmente, apresenta o notebook ROG Xbox Ally, desenvolvido em colaboração com a Microsoft. A empresa também precisou elevar os preços de componentes do Xbox. Segundo informações, o lançamento antecipado do console ocorrerá na Gamescom.
Os preços europeus foram supostamente divulgados em € 599 (R$ 3.783,96) e € 899 (R$ 5.679,10) para a versão X padrão e atualizada. Apesar de um anúncio esperado para o final do mês, não há informações de preço disponíveis até o momento.
A ASUS declara que sua nova RTX 5080 Noctua é a GPU mais silenciosa de sua categoria.
Fonte por: Adrenaline