Desde julho, tem gerado preocupação entre muitos consumidores do Steam o fato de que a loja não aceita mais pagamentos com o PayPal em diversos países. Apesar de não ser muito utilizada no Brasil, a plataforma é bastante utilizada ao redor do mundo, e, portanto, sua remoção causa transtornos entre muitos consumidores.
Após divulgar um comunicado afirmando que aguardava o retorno próximo da opção, a Valve compartilhou mais detalhes sobre a situação com o site Rock, Paper, Shotgun. A empresa informou que o sistema foi removido pelos mesmos motivos que levaram a Mastercard a quase recusar o processamento de pagamentos.
“Nesse caso, um dos bancos adquirentes do PayPal decidiu interromper o processamento de qualquer transação no Steam, o que eliminou o PayPal no Steam para diversas moedas”, explicou um porta-voz da Valve. Isso ocorre em um contexto no qual diversos grupos têm pressionado processadores de pagamento para que estes impeçam a venda de jogos considerados inadequados por eles.
Qual a relevância da situação do PayPal para o Steam?
A desativação do método de pagamento no Brasil pode indicar que, sob determinadas circunstâncias, empresas podem optar por encerrar suas operações em vez de possibilitar a compra de produtos pelos consumidores.
A plataforma Steam, assim como o itch.io, levou a loja tomar a decisão de remover diversos jogos adultos de seu catálogo e alterar algumas de suas políticas. A situação impactou não somente produtos que abordavam temas como abuso e incesto, mas também experiências pessoais em que esses elementos são utilizados como subtexto e não há cenas gráficas.
Inicialmente, a questão pode impactar títulos menos conhecidos, mas é fácil conceber que jogos maiores também serão afetados. Dentre os participantes da campanha, está o grupo australiano Collective Shout, que já tentou proibir a venda de jogos como Grand Theft Auto V e Detroit: Become Human na Austrália sob acusações semelhantes.
A descontinuação do PayPal demonstra que, diante da simples ameaça de prejuízo, diversas empresas podem ceder a pressões, mesmo que estas não sejam justificadas. Por isso, o GOG lançou a campanha FreedomToBuy, que visa defender o princípio de que não cabe a operadoras de cartão ou processadores de pagamento determinar o que os consumidores podem ou não adquirir, desde que o produto esteja em conformidade com a lei.
A indústria de jogos tem sido uma das mais resistentes à mudança, mas a realidade é que a tecnologia está mudando o jogo. A ascensão do streaming, a popularização dos jogos como serviço e a crescente importância das plataformas digitais estão transformando a
A GOG lança a campanha FreedomToBuy com 13 jogos gratuitos por 48 horas.
Fonte por: Adrenaline