Anatel confirma que leilão de 700 MHz será adiado para início de 2026

Leilão da faixa de 700 MHz é adiado para 2026

O leilão da faixa de 700 MHz, considerado crucial para expandir a cobertura móvel e aumentar a concorrência regional, não acontecerá mais em 2025. A informação foi confirmada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) durante o evento TELETIME Tec, em São Paulo. Embora o edital esteja quase finalizado e deva ser divulgado em breve, os prazos regulatórios inviabilizam a realização do leilão ainda este ano, adiando a disputa para o início de 2026.

Detalhes sobre o edital e o adiamento

Nilo Pasquali, superintendente de Planejamento Regulatório da Anatel, informou que a análise pelos órgãos de controle foi concluída, incluindo a avaliação do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele ressaltou que, apesar da finalização do edital, não será possível realizar o leilão em 2025 devido ao tempo necessário para esclarecimentos e preparação das empresas. Pasquali indicou que o leilão deve ocorrer no início de 2026, possivelmente em janeiro.

Urgência nas metas de cobertura

A Anatel está apressando a publicação do edital, pois as metas de cobertura e expansão de infraestrutura devem ser cumpridas até o final de 2026. Essa urgência é fundamental para que as operadoras vencedoras possam planejar e executar os investimentos necessários. A faixa de 700 MHz é vital para melhorar as redes 4G e 5G, especialmente em áreas remotas e urbanas, e a pressão por um cronograma mais curto preocupa provedores regionais que dependem do leilão para competir com as grandes operadoras.

Dinâmica do leilão de 700 MHz

O leilão da faixa de 700 MHz será estruturado para priorizar empresas menores, promovendo a competitividade no setor. A primeira fase será destinada a prestadoras de pequeno porte que já possuem frequências de 3,5 GHz, como Brisanet e Unifique. Se houver lotes disponíveis, uma segunda rodada abrirá a participação para outras empresas de pequeno porte. Somente se restarem frequências, as grandes operadoras como Vivo, TIM e Claro poderão participar.

Importância da faixa de 700 MHz

Cobertura e penetração

A faixa de 700 MHz oferece uma propagação superior, alcançando áreas rurais e regiões de baixa densidade populacional com menor custo. Além disso, sua capacidade de penetrar em ambientes fechados melhora a experiência do usuário em edifícios e locais densos.

Integração com 5G

Embora não seja uma banda originalmente designada para 5G, o 700 MHz é essencial para a agregação de portadoras e para ampliar o alcance das redes de quinta geração, especialmente em modelos não autônomos.

Expectativas para o cenário competitivo em 2026

Apesar do adiamento, o setor espera que 2026 seja um ano de intensa movimentação no mercado móvel. A entrada de novos players e a ampliação do espectro para prestadoras de pequeno porte podem acelerar a desconcentração regional, especialmente no Nordeste, Sul e Centro-Oeste. Metas agressivas do edital também pressionarão as operadoras a investirem rapidamente em infraestrutura, resultando em melhorias de cobertura já a partir do final de 2026.

Fonte por: Its Show