Brasil avança para 16º lugar em ranking global de IA com talento e ética

Brasil sobe no ranking global de IA, impulsionado por talento e pesquisa ética, mas ainda longe dos líderes internacionais.

29/11/2025 11:20

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Brasil: Robô de IA subindo escada com a bandeira do Brasil

Brasil avança no Índice de Vibração de IA da Universidade de Stanford

O Brasil alcançou um marco significativo ao subir da 35ª para a 16ª posição no Índice de Vibração de IA da Universidade de Stanford. Esse progresso, que reflete um aumento na qualificação de talentos, pesquisa em inteligência artificial responsável e uma melhora na percepção pública, posiciona o país como um protagonista nas discussões globais sobre IA, embora ainda esteja atrás de líderes como Estados Unidos, China e Reino Unido.

Desempenho brasileiro no ecossistema de IA

O relatório da Universidade de Stanford revela que o Brasil obteve sua melhor performance histórica no ecossistema de inteligência artificial, alcançando 12,74 pontos, quase o dobro da pontuação anterior. Enquanto isso, os Estados Unidos mantêm a liderança com 78,6 pontos. O índice avalia 42 critérios em oito pilares, que incluem formação profissional, contratação de especialistas, produção científica, governança e percepção social sobre IA.

Talento como motor do crescimento

O Brasil se destacou especialmente no pilar de talento, subindo da 35ª para a 12ª posição. Esse avanço é resultado de uma combinação de fatores, como:

  • Aumento da qualificação profissional: impulsionado por programas de capacitação e cursos de machine learning;
  • Maior demanda por especialistas: refletindo investimentos em automação e análise de dados;
  • Melhora na retenção de talentos: com a redução do fluxo migratório de profissionais qualificados.

O relatório também destaca um progresso na participação feminina nas carreiras de IA, um tema que está ganhando atenção nas corporações brasileiras.

Produção científica em IA responsável

O Brasil também avançou no pilar de IA responsável, subindo da 30ª para a 14ª posição. O crescimento da produção acadêmica abrange áreas como:

  • privacidade e governança de dados;
  • transparência e explicabilidade de algoritmos;
  • segurança e avaliação de riscos;
  • justiça algorítmica e mitigação de vieses.

Pesquisadores brasileiros estão se destacando em conferências internacionais, indicando uma maior maturidade científica e inserindo o país em debates globais sobre ética e regulação de IA.

Percepção pública sobre IA

O Brasil também melhorou sua posição em percepção pública, subindo do 34º para o 6º lugar entre as nações mais otimistas em relação à IA. Esse avanço é impulsionado por:

  • popularização de ferramentas generativas;
  • maior visibilidade de startups de IA;
  • expansão de serviços públicos digitais;
  • debates sobre produtividade e automação.

Esses fatores contribuem para um ambiente social mais receptivo à adoção de tecnologias de IA nas empresas.

Desafios a serem enfrentados

Apesar do progresso, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos. A infraestrutura, a economia da IA e as políticas de governança permanecem abaixo da média global, limitando o potencial competitivo do país. A falta de computação de alto desempenho e a dependência de nuvens estrangeiras são barreiras que precisam ser superadas.

Mensagem ao mercado corporativo

O novo ranking envia uma mensagem clara aos executivos brasileiros: o país não apenas ampliou sua base de talentos e pesquisa, mas também consolidou a confiança social necessária para acelerar a adoção de IA. Este é um momento propício para inovações e automação, mas é essencial prestar atenção a questões de governança, infraestrutura e segurança.

Embora ainda distante do topo, o Brasil se posiciona como um player relevante no cenário internacional de inteligência artificial, construindo uma base sólida para competir na próxima década.

Fonte por: Its Show

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