Microsoft e a Consciência da Inteligência Artificial
Mustafa Suleyman, CEO de inteligência artificial da Microsoft, declarou em entrevista que apenas seres biológicos possuem consciência, expressando sua oposição a projetos que visam criar máquinas “sensíveis” ou que possam demonstrar sofrimento. Durante a AfroTech Conference, em Houston, ele enfatizou que a busca por essa consciência em IA é uma abordagem equivocada.
O executivo, que cofundou a DeepMind, uma empresa adquirida pelo Google, é uma voz influente que rejeita a ideia de inteligência artificial consciente. Suleyman destacou que, embora os modelos de IA tenham avançado em suas capacidades cognitivas, isso não significa que possam desenvolver emoções ou experiências reais.
Ele explicou que, diferentemente dos humanos, os sistemas de IA não possuem uma rede neural biológica e não sentem dor, apenas simulam respostas. “O modelo pode parecer ter consciência, mas é apenas uma narrativa criada por cálculos matemáticos”, afirmou Suleyman.
Limites Éticos no Desenvolvimento da IA
Suleyman reconheceu que a ciência sobre a consciência ainda está em desenvolvimento, mas defendeu a necessidade de estabelecer limites claros no setor. Ele afirmou que as IAs não são e não podem ser conscientes, considerando absurdo pesquisar a partir dessa premissa. Além disso, o executivo mencionou que a Microsoft não pretende atuar em áreas como o desenvolvimento de chatbots com conteúdo erótico, um segmento explorado por outras empresas.
Transição da DeepMind para a Microsoft
Em 2024, Suleyman se juntou à Microsoft após a empresa adquirir sua startup Inflection AI por US$ 650 milhões. Ele aceitou o convite do CEO Satya Nadella, atraído pela combinação de estabilidade e autonomia que a Microsoft oferece para desenvolver modelos próprios de IA.
“Satya definiu a missão de tornar a Microsoft autossuficiente em IA, capaz de treinar seus próprios modelos com infraestrutura e dados próprios”, explicou Suleyman.
IA a Serviço da Humanidade
Nos últimos meses, Suleyman tem enfatizado que a Microsoft deve criar IAs que sirvam às pessoas, em vez de imitá-las. A empresa lançou novos recursos no Copilot, incluindo um assistente chamado Mico e uma função de grupo que permite interações entre usuários e IA.
Ele também apresentou o modo “real talk”, que desafia os usuários em vez de simplesmente concordar com suas opiniões. Suleyman acredita que o equilíbrio entre os riscos e as oportunidades da IA é o verdadeiro desafio da era atual. “O medo é saudável, ele nos obriga a pensar”, concluiu.
Fonte por: It Forum
