China intensifica adoção de IA e tecnologia militar, desafiando os EUA com cães-robôs e enxames de drones

China intensifica a utilização de cães-robôs e enxames de drones com IA em sua estratégia militar, desafiando os EUA por soberania tecnológica.

29/10/2025 21:00

2 min de leitura

Cães-robôs e drones autônomos equipados com IA em formação milit...

Desenvolvimento Militar da China com Inteligência Artificial

A China tem intensificado seus esforços no desenvolvimento de tecnologias militares que utilizam inteligência artificial (IA), como cães-robôs armados e enxames de drones autônomos. Essa estratégia visa diminuir a vantagem tecnológica dos Estados Unidos no setor bélico e é coordenada pelo Exército de Libertação Popular desde novembro de 2024, como parte de uma corrida por soberania tecnológica e modernização das forças armadas chinesas.

IA como Arma Estratégica

O projeto chinês integra sistemas de IA para reconhecimento de alvos, tomada de decisão autônoma e operações coordenadas, com o intuito de aumentar a eficiência militar e a capacidade de resposta em campo. O governo chinês tem investido significativamente para que essa tecnologia se torne um pilar estratégico de defesa e segurança nacional.

Em 2024, o Exército lançou uma licitação inovadora para o desenvolvimento de cães-robôs equipados com IA, capazes de atuar em grupo, identificar ameaças e neutralizar riscos em áreas de conflito. Testes realizados pela fabricante Unitree demonstraram o avanço da automação tática na guerra moderna.

Enxames de Drones e Chips Nacionais

Além dos robôs terrestres, a China registrou mais de vinte patentes e contratos militares que indicam a integração de IA em drones autônomos, que operam em enxames com mínima intervenção humana. Esses sistemas utilizam sensores de alta precisão e algoritmos para reconhecimento e rastreamento de alvos, aumentando a capacidade de resposta frente à superioridade aérea dos EUA.

O país também prioriza o uso de chips nacionais, buscando eliminar dependências externas e consolidar sua autonomia digital. Empresas como a Landship Information Technology já combinam satélites, radares e aeronaves controladas por IA para localizar alvos rapidamente, utilizando semicondutores da Huawei.

Desempenho e Velocidade de Decisão

Pesquisas da Universidade Tecnológica de Xi’an mostraram que o modelo chinês DeepSeek, aplicado a cenários militares, analisou dez mil situações em apenas 48 segundos, um desempenho que levaria 48 horas para humanos. Esse resultado evidencia o avanço da China em IA tática e sua capacidade de desenvolver tecnologias de comando autônomo.

Equilíbrio de Forças e Impacto Global

Especialistas afirmam que a corrida tecnológica entre China e EUA redefine o conceito de poder militar global. O domínio da IA na guerra pode substituir a dependência de tropas e veículos convencionais por algoritmos, sensores e redes de dados.

Os Estados Unidos planejam aumentar sua frota de drones e sistemas autônomos até 2025, buscando equilibrar o avanço chinês. Contudo, o progresso de Pequim sinaliza um ponto de inflexão no cenário geopolítico, levantando questões sobre ética, segurança e governança da IA militar.

Apesar das conquistas, o governo chinês assegura que mantém controle humano sobre as armas e sistemas de decisão, evitando o uso totalmente autônomo de armamentos letais. No entanto, analistas indicam que a China já está à frente na criação de uma infraestrutura militar orientada por dados e inteligência artificial.

Fonte por: Its Show

Autor(a):

Portal de notícias e informações atualizadas do Brasil e do mundo. Acompanhe as principais notícias em tempo real