Desenvolvimento Militar da China com Inteligência Artificial
A China tem intensificado seus esforços no desenvolvimento de tecnologias militares que utilizam inteligência artificial (IA), como cães-robôs armados e enxames de drones autônomos. Essa estratégia visa diminuir a vantagem tecnológica dos Estados Unidos no setor bélico e é coordenada pelo Exército de Libertação Popular desde novembro de 2024, como parte de uma corrida por soberania tecnológica e modernização das forças armadas chinesas.
IA como Arma Estratégica
O projeto chinês integra sistemas de IA para reconhecimento de alvos, tomada de decisão autônoma e operações coordenadas, com o intuito de aumentar a eficiência militar e a capacidade de resposta em campo. O governo chinês tem investido significativamente para que essa tecnologia se torne um pilar estratégico de defesa e segurança nacional.
Em 2024, o Exército lançou uma licitação inovadora para o desenvolvimento de cães-robôs equipados com IA, capazes de atuar em grupo, identificar ameaças e neutralizar riscos em áreas de conflito. Testes realizados pela fabricante Unitree demonstraram o avanço da automação tática na guerra moderna.
Enxames de Drones e Chips Nacionais
Além dos robôs terrestres, a China registrou mais de vinte patentes e contratos militares que indicam a integração de IA em drones autônomos, que operam em enxames com mínima intervenção humana. Esses sistemas utilizam sensores de alta precisão e algoritmos para reconhecimento e rastreamento de alvos, aumentando a capacidade de resposta frente à superioridade aérea dos EUA.
O país também prioriza o uso de chips nacionais, buscando eliminar dependências externas e consolidar sua autonomia digital. Empresas como a Landship Information Technology já combinam satélites, radares e aeronaves controladas por IA para localizar alvos rapidamente, utilizando semicondutores da Huawei.
Desempenho e Velocidade de Decisão
Pesquisas da Universidade Tecnológica de Xi’an mostraram que o modelo chinês DeepSeek, aplicado a cenários militares, analisou dez mil situações em apenas 48 segundos, um desempenho que levaria 48 horas para humanos. Esse resultado evidencia o avanço da China em IA tática e sua capacidade de desenvolver tecnologias de comando autônomo.
Equilíbrio de Forças e Impacto Global
Especialistas afirmam que a corrida tecnológica entre China e EUA redefine o conceito de poder militar global. O domínio da IA na guerra pode substituir a dependência de tropas e veículos convencionais por algoritmos, sensores e redes de dados.
Os Estados Unidos planejam aumentar sua frota de drones e sistemas autônomos até 2025, buscando equilibrar o avanço chinês. Contudo, o progresso de Pequim sinaliza um ponto de inflexão no cenário geopolítico, levantando questões sobre ética, segurança e governança da IA militar.
Apesar das conquistas, o governo chinês assegura que mantém controle humano sobre as armas e sistemas de decisão, evitando o uso totalmente autônomo de armamentos letais. No entanto, analistas indicam que a China já está à frente na criação de uma infraestrutura militar orientada por dados e inteligência artificial.
Fonte por: Its Show
