Inteligência Artificial e Cibercrime: Previsões para 2026
A inteligência artificial (IA) está se tornando uma ferramenta cada vez mais utilizada no cibercrime, com previsões de que novos setores da economia, como o mercado imobiliário, se tornem alvos de ataques sofisticados em 2026. O Kaspersky Security Bulletin: Crimeware e Ameaças Cibernéticas Financeiras em 2026 aponta para uma nova geração de malware impulsionado por IA, que se adapta ao ambiente e altera seu comportamento em tempo real, aumentando o impacto de fraudes financeiras e corporativas.
Ameaças Cibernéticas em 2026
O relatório da Kaspersky indica que as ameaças cibernéticas em 2026 serão mais organizadas e profissionais, assemelhando-se a estruturas empresariais. Espera-se um aumento significativo na fraude com NFC, uso de malware via WhatsApp e a evolução de trojans bancários adaptados a novos canais de ataque.
Os especialistas alertam para um ciclo de ataques mais evasivos, impulsionados por IA generativa, que analisa sistemas em tempo real, identifica vulnerabilidades e altera seu comportamento para evitar detecção. Entre as tendências críticas estão:
- Uso de deepfakes hiper-realistas em transações imobiliárias;
- Serviços de IA como “crime-as-a-service” para golpes personalizados;
- Malware que modifica seu alvo com base em informações coletadas;
- Dispositivos pré-infectados, aumentando os vetores de ataque.
Confirmação das Previsões de 2025
As previsões para 2025 se concretizaram, com um aumento significativo de ataques de ransomware e trojans bancários. O setor financeiro global enfrentou mais de 1,33 milhão de ataques, com 12,8% das organizações afetadas por ransomware. O crescimento de ferramentas automatizadas de intrusão e stealers indica uma transição para um cibercrime mais escalável e profissional, preparando o terreno para ameaças ainda mais agressivas em 2026.
Vulnerabilidades do Setor Imobiliário
O setor imobiliário, embora não tradicionalmente associado a riscos cibernéticos, apresenta características que o tornam vulnerável, como:
- Alto volume de transações financeiras;
- Dependência de validação de identidade e documentos sensíveis;
- Uso crescente de aplicativos móveis;
- Integração com bancos e plataformas de terceiros.
Com a evolução dos deepfakes, fraudadores podem simular identidades para solicitar transferências ou alterar dados bancários. Além disso, malwares adaptativos podem comprometer redes internas de imobiliárias, visando roubo de informações e desvio de pagamentos.
Necessidade de Evolução nas Organizações
Fabio Assolini, especialista da Kaspersky, destaca que as organizações precisam evoluir junto com as ameaças. Ele enfatiza a importância de fortalecer não apenas a tecnologia, mas também a capacidade analítica e a preparação das equipes de segurança. As empresas, incluindo as do setor imobiliário, devem repensar suas estratégias de segurança para enfrentar um cenário onde a IA é tanto uma aliada quanto uma ameaça.
Fonte por: Its Show
