Cibersegurança em transformação: 83% adotam Zero Trust, mas apenas 30% utilizam IA

Pesquisa da DXC e Microsoft revela: 83% adotam Zero Trust, mas apenas 30% utilizam IA em autenticação e segurança cibernética.

17/10/2025 17:45

3 min de leitura

Zero Trust em ambiente corporativo moderno, com especialista de ...

Estudo Revela Potencial Não Explorável no Modelo Zero Trust

Um estudo global realizado pela DXC em parceria com a Microsoft indica que 83% das organizações que adotaram o modelo Zero Trust conseguiram reduzir incidentes de segurança. No entanto, apenas 30% dessas empresas utilizam autenticação ou ferramentas baseadas em inteligência artificial, revelando um significativo “potencial não explorado” na área de ciberdefesa.

Adoção Ampla, mas Maturidade Parcial

De acordo com o relatório “The Trust Report”, que entrevistou mais de cem especialistas em cibersegurança de quatro continentes, o modelo Zero Trust é amplamente reconhecido como uma abordagem central para a gestão de riscos. Entre as empresas que implementaram essa estratégia, 83% relataram uma diminuição nos incidentes de segurança e nos custos de correção.

Entretanto, a utilização de ferramentas de inteligência artificial, especialmente para autenticação, ainda é baixa, com apenas 30% das organizações adotando essas tecnologias. Essa discrepância entre a intenção estratégica e a aplicação prática sugere um grande potencial para melhorar a proteção cibernética nas corporações.

Desafios Identificados na Pesquisa

O levantamento também destacou diversos obstáculos que dificultam a maturação no modelo de confiança zero:

  • Sistemas legados: 66% das organizações apontam a infraestrutura antiga como a principal barreira para a evolução no modelo Zero Trust.
  • Ameaças emergentes: 72% afirmam que o surgimento constante de novos vetores de ataque exige a revisão contínua das políticas de segurança.
  • Valor agregado inesperado: Mais da metade das organizações que implementaram o modelo relataram melhorias na experiência do usuário, além da segurança, algo que não era previsto inicialmente.

O Papel da Inteligência Artificial no Zero Trust

Embora o relatório ressalte a importância do Zero Trust, ele também alerta que a adoção tardia de tecnologias baseadas em inteligência artificial limita a capacidade das empresas de antecipar e responder a ameaças sofisticadas. Tecnologias como autenticação inteligente e análise comportamental ainda são subutilizadas, o que pode comprometer a resiliência estratégica das organizações.

Integrar inteligência artificial ao modelo Zero Trust pode elevar a segurança a um novo nível, exigindo não apenas credenciais explícitas, mas também análise de comportamento e contexto. Isso requer maturidade arquitetural e governança robusta.

Por que o Zero Trust se Tornou Essencial

A transição para ambientes híbridos e o aumento do trabalho remoto tornaram os modelos tradicionais de segurança menos eficazes. O Zero Trust, que adota o princípio de “nunca confiar, sempre verificar”, avalia cada acesso de forma dinâmica, mesmo dentro da rede interna.

Além disso, a adoção do Zero Trust apoia práticas regulatórias e de conformidade, exigindo transparência e controle sobre identidades e acessos, algo cada vez mais demandado por legislações de proteção de dados.

Desafios no Brasil e Mercados Emergentes

Embora o estudo tenha uma perspectiva global, muitos dos desafios identificados, como sistemas legados e escassez de talentos em segurança, são mais acentuados em países como o Brasil. A adoção de inteligência artificial em segurança requer uma análise cuidadosa de riscos e maturidade de dados, além de um planejamento estratégico.

Caminho para Evoluir para um Zero Trust com IA

O relatório oferece algumas diretrizes estratégicas para executivos de TI e líderes corporativos:

  • Mapeamento de identidade e ativos: Compreender quem são os usuários e quais dispositivos acessam o ambiente é fundamental para decisões futuras.
  • Fases incrementais: Priorizar modelos de autenticação adaptativos antes de adotar radicalmente a inteligência artificial.
  • Parcerias estratégicas: Colaborar com fornecedores especializados pode acelerar o aprendizado e reduzir riscos.
  • Governança e confiabilidade: Definir critérios de auditabilidade para sistemas de IA aplicados à segurança é crucial para ganhar confiança organizacional.
  • Treinamento e cultura: A filosofia de “nunca confiar” requer que todos os envolvidos internalizem novos hábitos.

Fonte por: Its Show

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