COP 30: Brasil lança banco de dados como primeiro Bem Público Digital para clima

Cadastro Ambiental Rural gera oportunidades financeiras com a preservação da floresta, afirma Henrique Dolabella, diretor do CAR.

11/11/2025 15:30

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(Imagem de reprodução da internet).

Lançamento do Cadastro Ambiental Rural na COP30

O governo brasileiro anunciou, nesta terça-feira (11/11), durante a COP30 em Belém (PA), o lançamento do Cadastro Ambiental Rural (CAR) como o primeiro Bem Público Digital focado na agenda climática. Esta iniciativa marca a criação de um novo subgrupo dentro do catálogo global de soluções digitais abertas para enfrentar a crise climática.

Detalhes sobre o Cadastro Ambiental Rural

O CAR, desenvolvido pelo Ministério da Gestão em parceria com a Dataprev e o governo da Noruega, será integrado ao Celeiro de Soluções da COP30, um repositório global da ONU que reúne tecnologias e ferramentas para ação climática. O sistema agora disponibiliza uma versão pré-preenchida do cadastro, facilitando o registro e a retificação de imóveis rurais. Atualmente, o CAR conta com cerca de 8 milhões de imóveis cadastrados no Brasil.

Objetivos e Benefícios do CAR

A ministra Esther Dweck destacou que essa medida incentiva o uso de soluções tecnológicas para enfrentar a crise climática. Ela enfatizou a importância de transformar tecnologia em um instrumento de implementação, afirmando que o Brasil busca liderar esse movimento com soluções digitais abertas que tornem as políticas mais ágeis e inclusivas.

Impacto Econômico e Sustentabilidade

O CAR funciona como um banco de dados que identifica áreas com cobertura ou atividades específicas e seus responsáveis. A atualização do cadastro é essencial para quem busca crédito rural, e a expectativa é que esses dados ajudem a viabilizar a preservação ambiental como uma alternativa econômica. O diretor nacional do CAR, Henrique Dolabella, mencionou que o mercado de cota de reserva ambiental pode movimentar cerca de R$ 12,75 bilhões por ano.

Modelo de Gestão e Interoperabilidade

Transformado em um bem público digital, o CAR será disponibilizado como uma tecnologia aberta, com código livre, permitindo que outros países desenvolvam ou aprimorem seus próprios sistemas de gestão territorial e ambiental. Guilherme Almeida, diretor de projeto do MGI, ressaltou que a iniciativa vai além da digitalização, buscando criar um plano global para acelerar soluções digitais voltadas para a ação climática.

Integração e Escalabilidade das Soluções Climáticas

O projeto integra o Plano de Aceleração de Soluções em Infraestruturas Públicas Digitais e Bens Públicos Digitais, elaborado em colaboração com diversas instituições. Um dos principais objetivos é substituir o modelo fragmentado de pilotos climáticos por soluções escaláveis e integradas à política pública. Marcos Moreira, diretor de Infraestrutura Nacional de Dados, destacou que as infraestruturas públicas digitais são essenciais para tornar as políticas climáticas mais eficientes e acessíveis a milhões de pessoas.

Fonte por: Convergencia Digital

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