Demissões em Massa na Serede Geram Reações de Trabalhadores
A Serede, subsidiária da Oi responsável por serviços de manutenção, anunciou nesta segunda-feira, 22 de dezembro, a demissão em massa de seus funcionários e a rescisão de todos os contratos de trabalho. A empresa também solicitou a devolução imediata de ferramentas e veículos utilizados pelos trabalhadores. O comunicado, assinado pela gestora judicial Tatiana Binato, esclarece que os funcionários poderão acessar o FGTS, independentemente da homologação da demissão pelo sindicato ou de uma decisão da Justiça do Trabalho.
Reações das Federações de Trabalhadores
A decisão da Serede provocou uma forte reação das federações nacionais de trabalhadores em telecomunicações, como a FITRATELP, FENATTEL e FITTLIVRE. As entidades afirmam que a demissão em massa representa uma “afronta aos direitos sociais” e evidencia uma abordagem burocrática que desconsidera o impacto sobre quase 5 mil famílias e a estabilidade do setor de telecomunicações no Brasil.
Consequências da Demissão
As federações ressaltam que a rescisão automática de todos os contratos e a exigência de devolução de ferramentas e veículos ignoram a complexidade das operações, uma vez que parte do efetivo ainda é responsável por serviços críticos, como os da Oi Soluções. O presidente da FITRATELP, João de Moura Neto, classificou a decisão como um erro estratégico, alertando que demitir 100% do efetivo pode comprometer a continuidade das operações e acelerar a falência da empresa.
Impactos na Infraestrutura de Telecomunicações
Além das consequências diretas para os trabalhadores, as federações destacam que a interrupção abrupta das atividades pode colocar em risco a manutenção da infraestrutura de telecomunicações do Grupo Oi, afetando serviços essenciais tanto públicos quanto privados. A orientação para que os trabalhadores busquem seus créditos na justiça falimentar é vista como uma forma de empurrá-los para uma “fila infinita”. Os sindicatos também criticam a postura da Oi, que, enquanto tomadora de serviços, observa o colapso sem assumir sua responsabilidade subsidiária imediata.
Conclusão
A situação na Serede evidencia a fragilidade do setor de telecomunicações e os desafios enfrentados pelos trabalhadores diante de decisões que impactam diretamente suas vidas e a continuidade dos serviços essenciais. A reação das federações e sindicatos reflete a preocupação com o futuro dos empregados e a necessidade de uma abordagem mais humana e responsável por parte da administração da empresa.
Fonte por: Convergencia Digital
