Crise na Oi: Funcionários da Serede pedem para não serem bodes expiatórios
Trabalhadores da Oi afirmam que atraso nos pagamentos é uma afronta inaceitável aos que mantêm serviços aos usuários.
Manifesto da FITRATELP contra atraso salarial na SEREDE
A FITRATELP, que representa os trabalhadores em Telecomunicações da SEREDE – Serviços de Rede S.A., uma subsidiária do Grupo Oi em Recuperação Judicial, divulgou um manifesto nesta sexta-feira, 6 de novembro, expressando seu “veemente repúdio e profunda indignação” em relação ao comunicado interno que informa sobre o atraso no pagamento dos salários.
Rejeição às justificativas da empresa
Os trabalhadores consideram inaceitável o teor do informativo que menciona uma “situação temporária” e “medidas judiciais” como justificativas para o não pagamento dos salários na data prevista. Eles afirmam que:
- Os empregados da SEREDE continuam a cumprir suas jornadas com dedicação, mantendo os serviços essenciais disponíveis para a população brasileira.
- O salário, de natureza alimentar, deve ser pago em dia, pois seu atraso afeta diretamente milhares de famílias, comprometendo seu sustento e dignidade.
- A crise que levou o Grupo Oi à sua atual situação não é responsabilidade dos empregados, que não devem ser penalizados por decisões de gestão inadequadas.
Mobilização e protestos
A FITRATELP anunciou uma mobilização imediata e a realização de protestos em todo o país até que os salários sejam regularizados. A promessa de “regularização… no decorrer da próxima semana” não é considerada suficiente, e os trabalhadores exigem pagamento imediato.
Apelo à Justiça e autoridades
Os trabalhadores da SEREDE fazem um apelo urgente ao bom senso dos interventores, da administração da empresa e das autoridades judiciais envolvidas no processo de Recuperação Judicial. Eles pedem que “não transfiram aos empregados o castigo que deve ser imposto a quem causou a derrocada do Grupo Oi”.
O manifesto destaca que a Oi e suas subsidiárias possuem ativos que permitem a recuperação da empresa e o cumprimento imediato de suas obrigações trabalhistas. Para os trabalhadores, a Justiça do Trabalho deve garantir que os salários sejam a prioridade máxima, assegurando que nenhum recurso seja desviado antes do cumprimento das obrigações com o sustento das famílias.
Fonte por: Convergencia Digital
Autor(a):
Redação
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