Mobilização em Defesa dos Trabalhadores do Grupo Oi
Entidades sindicais, como FENATTEL, FITRATELP e FITTLIVRE, estão se mobilizando para proteger cerca de 20 mil trabalhadores diretos e indiretos do Grupo Oi. Em Brasília, representantes sindicais, incluindo José Roberto da Silva, Brígido Ramos e Nilson Hoffman, solicitaram apoio do governo para garantir a manutenção dos empregos. Uma boa notícia é que a Serede começou a quitar os salários atrasados em todos os estados e deve regularizar as pendências com os trabalhadores até a próxima sexta-feira, 14/11.
Ações Judiciais e Demandas dos Sindicatos
As federações protocolaram uma petição na 7ª Vara Empresarial, solicitando ser ouvidas como “terceiro interessado” no processo de falência da Oi. Os sindicalistas apresentaram argumentos para a revisão da sentença que decretou a falência, destacando o impacto negativo sobre os empregados. Entre as principais demandas estão:
- Manutenção dos Empregos: Priorizar a continuidade das atividades da empresa.
- Tratamento Digno e Remuneração Integral: Exigir o pagamento completo das verbas rescisórias e reconhecimento dos serviços prestados, promovendo desligamentos voluntários e incentivados.
- Fundo de Pensão: Garantir o pagamento dos créditos devidos à Fundação Atlântico e discutir a inclusão da empresa adquirente da Oi Soluções como novo patrocinador.
Diálogo Urgente com Administradores Judiciais
As federações também reiteraram, pela terceira vez, pedidos formais de audiência urgente com os Administradores Judiciais da Oi S.A., especialmente com a Interventora Judicial da SEREDE e TAHTO, Drª. Tatiana Binato. A urgência do diálogo é respaldada pelo Tema 638 do STF, que exige um “diálogo prévio, leal e efetivo” com as entidades sindicais para validar qualquer dispensa em massa de trabalhadores.
Exigências para a Serede
Com relação à Serede, que passou por Recuperação Judicial após a perda de seu contrato mais significativo, os sindicatos demandam ações imediatas para conquistar novos contratos e ampliar o vínculo com a Oi Soluções, visando minimizar as demissões. As entidades enfatizam a necessidade de um Plano Estruturado de Demissões para os próximos 3, 6 e 12 meses, com iniciativas concretas para mitigar os impactos sociais e evitar a deterioração do clima interno no ambiente de trabalho.
Conclusão
A mobilização das entidades sindicais reflete a preocupação com a situação dos trabalhadores do Grupo Oi, buscando garantir direitos e a continuidade das atividades. As ações judiciais e o diálogo com os administradores são passos importantes para enfrentar os desafios impostos pela falência da empresa.
Fonte por: Convergencia Digital
