Golpe do falso advogado utiliza dados reais de processos para extorquir pagamentos
Operação em três estados resulta na prisão de 16 pessoas após vítima perder R$ 270 mil.
Polícia Civil de Santa Catarina Combate Golpes Virtuais
No dia 23 de outubro, a Polícia Civil de Santa Catarina lançou duas operações para desmantelar grupos criminosos envolvidos no golpe conhecido como “falso advogado”. Nesse esquema, golpistas se fazem passar por advogados para enganar vítimas, prometendo a liberação de valores judiciais.
Operações Fake Law e Litis Simulatio
As operações, chamadas de Fake Law e Litis Simulatio, foram realizadas pela Delegacia de Combate às Drogas (DECOD) e pelo Departamento de Investigação Criminal (DIC) de São José, com o apoio do CyberGAECO e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
Como Funciona o Golpe
No golpe do falso advogado, os criminosos acessam sites oficiais dos tribunais para coletar informações sobre processos judiciais, que são, em sua maioria, públicos. Com esses dados, eles se comunicam com as vítimas, se passando por advogados e solicitando transferências via PIX, alegando que o valor é necessário para liberar créditos no processo.
Resultados das Operações
As operações resultaram no cumprimento de 35 mandados judiciais em estados como Ceará e Rio de Janeiro, incluindo 25 buscas domiciliares e 16 prisões temporárias. Além disso, houve o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens dos suspeitos, com medidas expedidas pela Vara Regional de Garantias da Comarca de São José.
Impacto e Continuidade das Investigações
A investigação teve início após uma denúncia de uma moradora de Florianópolis, que transferiu cerca de R$ 270 mil a criminosos que se apresentavam como advogados de um escritório fictício. Os golpistas focavam em pessoas com processos previdenciários e trabalhistas, que frequentemente aguardam pagamentos judiciais.
O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, destacou que essa modalidade de fraude digital se aproveita da credibilidade da Justiça. Ele enfatizou a importância do trabalho do Laboratório de Operações Cibernéticas do MJSP no rastreamento das transações fraudulentas.
A Polícia Civil de Santa Catarina continua a investigação para analisar o material apreendido e aprofundar a apuração sobre a estrutura financeira do grupo criminoso.
Fonte por: Convergencia Digital
Autor(a):
Redação
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