Governança de dados: a transformação do compliance em estratégia eficaz
Custo de compliance pode se transformar em alavanca de competitividade com a governança de dados além da LGPD e GDPR.
Transformando o Custo de Compliance em Competitividade
A governança de dados vai além do cumprimento de legislações como a LGPD e GDPR. Ela envolve a criação de estruturas, processos e responsabilidades claras sobre o acesso, uso e proteção dos dados corporativos. No entanto, muitas vezes, a governança é vista como uma lenda corporativa, em vez de desempenhar seu papel estratégico.
A pressão por agilidade é um dos fatores que comprometem a governança de dados. A falta de uma estratégia clara resulta em uma visão distorcida, onde a governança é encarada apenas como um custo de compliance, e não como uma alavanca para a competitividade das empresas.
Existem dois tipos de governança: a corporativa, que garante que a organização atue conforme as regulamentações, e a governança de TI, que regula o comportamento em relação à informação. Separar essas duas esferas é crucial para identificar riscos e manter uma visão estratégica clara.
Governança: A Importância de Saber o Por Quê
O desafio não está na falta de ferramentas, mas na estratégia. Frameworks de governança são abundantes, e a questão central é a decisão de usar a governança de dados como um guia para adaptar processos. O foco deve ser garantir que os dados agreguem valor ao negócio, tanto no dia a dia quanto a longo prazo.
As empresas reconhecem o potencial dos dados, mas a compreensão sobre como utilizá-los ainda é limitada. Governar os dados não deve ser visto como uma burocracia, mas como uma prática essencial para o sucesso organizacional.
Por exemplo, uma grande varejista pode coletar uma quantidade imensa de dados das interações com clientes. No entanto, é fundamental determinar como esses dados serão utilizados para impulsionar ações efetivas, além de respostas superficiais.
Desafios da Governança de Dados
A falta de informação pode levar a decisões erradas, assim como o excesso de dados. A inteligência artificial não resolve todos os problemas, especialmente em um ambiente sem governança. Dados mal geridos são mais suscetíveis a vazamentos, e o risco associado a isso é significativo.
Embora as punições da LGPD sejam lentas, nenhuma empresa deseja enfrentar um vazamento de dados. Muitas adotam uma postura de “comigo não vai acontecer”, o que pode ser perigoso. É essencial que as metodologias de governança sejam práticas, realistas e estratégicas.
O imponderável faz parte dos negócios, mas permitir que ele se torne a norma é abrir mão do verdadeiro papel da liderança de TI. A governança de dados deve ser uma prioridade para garantir a segurança e a competitividade das organizações.
Fonte por: Its Show
Autor(a):
Redação
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