Hackers escolhem empresas brasileiras como alvo; 84% pagam resgate por dados

Estudo Revela Ataques Cibernéticos em Empresas Brasileiras

Um estudo da Cohesity indica que 55% das empresas brasileiras enfrentaram ataques cibernéticos com danos materiais nos últimos 12 meses. Além disso, 84% das organizações pagaram resgates a cibercriminosos em algum momento. A pesquisa, intitulada “Risk-Ready or Risk-Exposed: The Cyber Resilience Divide”, foi realizada com 200 empresas no Brasil e mais de 3.000 globalmente, abordando a maturidade cibernética e a adoção de inteligência artificial nas corporações.

Impacto dos Ciberataques nas Empresas

Os dados mostram que mais da metade das empresas brasileiras (55%) sofreu ciberataques significativos no último ano. A capacidade de resposta a esses incidentes levou de um a três dias para restaurar backups, conforme relatado por 56% das empresas. A pesquisa também revela uma lacuna estratégica, com metade das empresas reconhecendo a necessidade de melhorias em suas estratégias de cibersegurança. Apesar de 97% das organizações afirmarem ter um plano de ciber-resiliência, a confiança total nesse plano é inferior a 50% no Brasil.

Custos e Investimentos em Segurança

Em termos financeiros, quase 47% das empresas que pagaram resgates de ransomware gastaram menos de 5% de seu orçamento anual em segurança. Gustavo Leite, vice-presidente da Cohesity para América Latina e Caribe, destaca que a maturidade em segurança impacta diretamente essa decisão. Ele enfatiza a necessidade de investimentos robustos em segurança para manter a confiança e a reputação das empresas.

Alocação de Recursos em Segurança da Informação

Em relação aos investimentos em tecnologia da informação, 57% das empresas brasileiras gastam entre US$ 20 milhões e US$ 100 milhões anualmente. A pesquisa indica que 46% das empresas destinam entre 25% e 50% de seu orçamento à área de proteção, enquanto as funções de identificação, detecção, resposta e recuperação recebem investimentos menores, com a maioria alocando menos de 25% do orçamento para cada uma.

Consequências dos Ataques Cibernéticos

O relatório da Cohesity revela que 76% das organizações globais sofreram ataques cibernéticos relevantes, impactando tanto financeiramente quanto operacionalmente. Entre as empresas de capital aberto, 70% revisaram suas projeções financeiras após um ataque, e 73% das empresas de capital fechado redirecionaram orçamentos de inovação para recuperação. Além disso, 92% enfrentaram consequências legais ou regulatórias.

Adoção de Inteligência Artificial Generativa

A adoção de ferramentas de Inteligência Artificial Generativa no Brasil está avançando rapidamente, muitas vezes além do que as equipes de TI consideram seguro. A pesquisa aponta que 43% das empresas brasileiras percebem esse descompasso de risco, o segundo maior índice global. Apesar das preocupações, as equipes de TI confiam na IA como uma aliada na segurança cibernética, especialmente em funções de detecção e resposta.

Eficácia da IA na Segurança Cibernética

Os dados mostram que 99% das empresas acreditam na eficácia da IA para detecção de anomalias, e 98% veem eficácia em resposta e remediação aceleradas. O Brasil se destaca na percepção de eficácia da IA em monitoramento de comportamento do usuário e investigação de ameaças. No entanto, a confiança em assistentes de segurança cibernética baseados em GenAI é menor em comparação com outros países.

Conclusão sobre a Resiliência Cibernética

As descobertas do estudo ressaltam que o impacto dos ataques cibernéticos vai além da tecnologia, afetando o desempenho financeiro das empresas. A resiliência cibernética é crucial para a continuidade dos negócios e para a manutenção da confiança no mercado. As organizações devem equilibrar a adoção de novas tecnologias com uma governança robusta para proteger seus dados e operações.

Fonte por: Convergencia Digital