Interventor solicita falência da Oi devido à crise financeira

Oi informa decisão do Juízo da 7ª Vara Empresarial do Rio sobre incapacidade de maximizar fluxo de caixa e manutenção das atividades.

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(Imagem de reprodução da internet).

Grupo Oi Solicita Decretação de Falência

No dia 10 de novembro, a Oi se prepara para um momento decisivo, conhecido como dia D, em razão da decisão da 7ª Vara Empresarial. Em um fato relevante divulgado na noite de 7 de novembro, a empresa protocolou o pedido de falência.

O Gestor Judicial das Recuperandas, Bruno Rezende, informou que a decisão da 7ª Vara, tomada em 30 de outubro, manteve o arresto dos recursos até que uma decisão final sobre a falência seja alcançada. O pedido destaca a possível insolvência do grupo, devido à incapacidade de honrar suas obrigações financeiras e ao descumprimento do Plano de Recuperação Judicial vigente.

Histórico da Crise Financeira da Oi

A Oi enfrenta uma grave crise financeira, com recursos bloqueados pela Justiça em meio a disputas entre sócios, especialmente envolvendo a PIMCO, seu principal acionista. A operadora admite não ter mais recursos para pagar salários e manter suas operações, conforme relatado por funcionários da Serede.

O fato relevante da Oi também menciona que, caso a liquidação judicial seja confirmada, o Gestor Judicial propôs ao Juízo que as atividades da empresa continuem provisoriamente até que todos os serviços sob responsabilidade das Recuperandas sejam transferidos, garantindo a operação da estrutura necessária para a execução dos serviços.

Trajetória de Recuperação Judicial

A Oi iniciou seu primeiro processo de recuperação judicial em junho de 2016, com dívidas que chegavam a quase R$ 65 bilhões. Apesar da aceitação do pedido, a situação financeira da empresa não melhorou. Em agosto de 2019, surgiram rumores sobre uma possível intervenção do governo, enquanto a operadora tentava implementar um novo plano estratégico focado na venda de ativos.

Em dezembro de 2020, a Oi vendeu sua operação de telefonia móvel para um consórcio por R$ 16,5 bilhões, e em julho de 2021, a venda de sua unidade de fibra óptica para o BTG Pactual foi concluída por R$ 12,9 bilhões. No entanto, a recuperação judicial foi prorrogada e, em dezembro de 2022, a Justiça encerrou o primeiro processo, mas a Oi ainda enfrentava R$ 25 bilhões em dívidas.

Desdobramentos Recentes

Em março de 2023, a Oi solicitou uma segunda recuperação judicial, agravando ainda mais a crise, mesmo após a venda de ativos. A Oi Soluções foi colocada à venda, mas não encontrou comprador, resultando na saída de Rodrigo Abreu da presidência da empresa.

Em fevereiro de 2024, uma nova versão da recuperação judicial foi apresentada, mas a situação continuou a se deteriorar. Em dezembro, Marcelo Millet assumiu a presidência, mas a crise se intensificou, levando à intervenção judicial e à possível derrocada da Oi, que já foi considerada uma das maiores operadoras do Brasil.

Conclusão

A trajetória da Oi reflete os desafios enfrentados por empresas em recuperação judicial, especialmente em um setor tão competitivo. A situação atual levanta questões sobre o futuro da operadora e o impacto de sua possível falência no mercado de telecomunicações brasileiro.

Fonte por: Convergencia Digital

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