Itaú e Bradesco buscam na Justiça reverter a falência da Oi

Credores da operadora buscam impedir quebra para recuperar R$ 2 bilhões e R$ 34 milhões, respectivamente.

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(Imagem de reprodução da internet).

Bancos Itaú e Bradesco Contestam Falência da Oi

Os bancos Itaú e Bradesco, importantes credores da operadora Oi, apresentaram um recurso nesta quarta-feira, 12 de novembro, contra a decisão da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro que decretou a falência da empresa de telefonia. As instituições financeiras solicitam a nomeação de um novo gestor judicial e a retomada do plano de recuperação da Oi, argumentando que essa abordagem é a melhor forma de garantir o pagamento aos credores e a continuidade dos serviços prestados.

Reações de Outros Credores

Outros credores estão considerando seguir o mesmo caminho. A V.tal, por exemplo, divulgou um comunicado informando que está avaliando a decisão e seus possíveis impactos, comprometendo-se a manter acionistas e o mercado atualizados sobre o andamento da situação.

Argumentos dos Bancos

Os bancos alegam que a falência interrompeu um processo de negociação que poderia facilitar a recuperação da Oi, especialmente em relação à Anatel e à União. O Bradesco destacou que a decisão de primeira instância não permitiu a adoção de medidas que poderiam levar a uma solução negociada para a crise financeira. Os advogados do banco afirmaram que a falência foi decretada sem tentar alternativas que poderiam ajudar a empresa a se reerguer e manter suas relações contratuais.

Impactos da Falência

O Itaú e o Bradesco sustentam que a falência não é a solução mais vantajosa para os credores e para os milhões de clientes da Oi. O Bradesco enfatizou que a quebra de um dos maiores grupos econômicos da América Latina, em detrimento da recuperação judicial, seria prejudicial tanto para os credores quanto para o interesse público e os consumidores dos serviços da operadora.

Contratos Estratégicos e Dívidas

Documentos apresentados indicam que a Oi possui contratos estratégicos com empresas como Petrobras, Eletrobras, Caixa Econômica Federal, Santander, Americanas e Magazine Luiza, além de atender cerca de 13 mil lotéricas e fornecer serviços de tecnologia e conectividade para Itaú e Bradesco. Na última atualização do processo de recuperação, em fevereiro de 2023, a Oi tinha uma dívida de aproximadamente R$ 2 bilhões com o Itaú e R$ 34,4 milhões com o Bradesco. Os bancos pedem que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro suspenda os efeitos da falência e restabeleça o processo de reestruturação sob nova gestão, buscando evitar a liquidação total da companhia.

Fonte por: Convergencia Digital

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