Itaú reverte demissões no home office: gestantes retornam e demais recebem 10 salários
Banco demite mais de mil funcionários após monitoramento remoto do uso de computadores.

Proposta de Acordo do Itaú Após Demissões em Massa
Após um mês de mobilização contra as demissões em massa promovidas pelo Itaú, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região alcançou um acordo durante mediação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região. A proposta inclui compensações financeiras e garantias para os trabalhadores desligados, que será submetida à assembleia dos bancários no dia 9 de outubro.
Contexto das Demissões
As demissões, que ocorreram em 8 de setembro, afetaram mais de mil funcionários que trabalhavam em regime híbrido ou remoto. O banco justificou os cortes alegando baixo desempenho e inconsistências nos registros de ponto em relação às atividades monitoradas por softwares.
O Sindicato denunciou que o processo foi conduzido de maneira arbitrária, sem diálogo prévio e sem transparência nos critérios de monitoramento, além de relatar casos de exposição vexatória dos desligados.
Detalhes do Acordo
O acordo prevê o pagamento de até dez salários adicionais, um valor fixo de R$ 9 mil, a 13ª cesta alimentação e a manutenção das condições diferenciadas em financiamentos imobiliários oferecidos pelo banco. O Itaú também se comprometeu a manter o modelo de teletrabalho.
Embora o sindicato considere a proposta um avanço, ainda acredita que não compensa integralmente os danos causados. O banco concordou em revisar casos específicos, como o de gestantes e trabalhadores adoecidos.
Condições de Adesão ao Acordo
Os bancários com até 23 meses de vínculo receberão quatro salários adicionais, além do valor fixo de R$ 9 mil e a 13ª cesta alimentação. Para aqueles com 24 meses ou mais, o pagamento será de seis salários, acrescido de meio salário por ano trabalhado, limitado a dez salários, além do valor fixo e da 13ª cesta alimentação.
Os empregados que possuem financiamento imobiliário com o Itaú manterão as condições especiais de seus contratos. A adesão ao acordo será feita individualmente, com assistência do Sindicato, e o prazo para adesão é de até seis meses após a aprovação em assembleia, prevista para 9 de outubro.
Fonte por: Convergencia Digital