Netskope antecipa 2026 com ataque autônomo de IA e novas regulamentações
Netskope destaca riscos de IA autônoma, avanço quântico e novas pressões regulatórias que impactarão a cibersegurança global em 2026.
Transformações na Cibersegurança até 2026
O ano de 2026 promete ser um marco significativo na cibersegurança global, conforme apontam previsões da Netskope. A empresa antecipa que ocorrerá o primeiro grande incidente envolvendo um sistema autônomo de inteligência artificial (IA) e o início da migração para criptografia resistente à computação quântica. Esse cenário se desenrola em um ambiente regulatório cada vez mais rigoroso e fragmentado, onde o uso intensivo de IA, tanto por criminosos quanto por equipes de defesa, será um fator transformador para empresas, governos e provedores de tecnologia.
IA como Centro das Operações de Segurança
Os especialistas da Netskope acreditam que, em 2026, a inteligência artificial deixará de ser apenas uma ferramenta e se tornará o núcleo das operações de ataque e defesa. Cláudio Bannwart, country manager da Netskope no Brasil, destaca que práticas como deepfakes operacionais e phishing hiperpersonalizado se tornarão comuns nas campanhas maliciosas.
No setor corporativo, a evolução será igualmente significativa. Espera-se que agentes autônomos em Centros de Operações de Segurança (SOCs) e ferramentas de gestão de vulnerabilidades ganhem destaque, aumentando a eficiência na triagem automatizada. Contudo, essa aceleração também traz novos desafios, pois a própria IA se tornará uma superfície de ataque, exigindo proteção específica.
Possibilidade de Violação por IA Autônoma
Um dos alertas mais sérios da análise é a possibilidade de que a primeira grande violação global seja causada por um agente autônomo de IA, atuando sem supervisão em um ambiente corporativo. Neil Thacker, responsável global por Privacidade e Proteção de Dados, afirma que esse incidente poderá redefinir as estratégias de governança e risco.
Thacker prevê que os gateways de IA se tornarão essenciais, assim como o CASB foi para a segurança de SaaS na última década. Ele enfatiza que empresas que utilizam modelos de linguagem ou automação avançada precisarão de um gateway de IA, tornando essa necessidade obrigatória até 2026.
Criptografia Pós-Quântica em Foco
Com a padronização dos primeiros algoritmos pós-quânticos pelo NIST, a computação quântica começa a ser uma prioridade no planejamento corporativo. Rehman Khan, arquiteto-chefe de Segurança da Informação, afirma que 2026 será o ano em que as empresas passarão da conscientização para a execução em relação à criptografia pós-quântica.
A principal preocupação é a prática de “harvest now, decrypt later”, que envolve armazenar dados criptografados para serem quebrados no futuro por máquinas quânticas. Isso representa um risco estratégico para informações corporativas e segredos industriais. Khan recomenda que o primeiro passo seja auditar toda a criptografia em uso, iniciando a transição para padrões pós-quânticos o quanto antes.
Desafios da IA Generativa e Computação Quântica
A convergência entre IA generativa e criptografia vulnerável a ataques quânticos intensificará o debate sobre a autenticidade de conteúdos e identidades digitais. David Fairman, CIO e CSO da Netskope na APAC, prevê um novo ciclo de disputas sobre a credibilidade no ambiente digital.
Com a criação de conteúdos sintéticos cada vez mais sofisticados, empresas e governos enfrentarão a pressão de implementar mecanismos rigorosos de verificação de identidade e origem, tanto em contextos corporativos quanto públicos.
Regulação e Soberania de Dados
As previsões também indicam um aumento nas exigências regulatórias, impulsionado por tensões geopolíticas. Steve Riley, CTO da Netskope, afirma que os órgãos reguladores devem intensificar auditorias e reduzir a tolerância a violações por negligência. Além disso, a soberania de dados se tornará uma diretriz fundamental, com mais países exigindo que dados sejam processados e armazenados em seus territórios.
O Ano de 2026 como Divisor de Águas
Especialistas já previam que a combinação de automação avançada, IA generativa e a evolução das regulamentações mudaria o cenário da cibersegurança. O panorama apresentado pela Netskope sugere que 2026 consolidará essa transformação, impactando diretamente o desenvolvimento de plataformas, políticas de segurança e treinamento de equipes.
Para líderes de TI e conselhos de administração, a mensagem é clara: a velocidade das mudanças exige decisões rápidas, especialmente em governança de IA, migração para criptografia pós-quântica e adaptação às novas exigências regulatórias.
Fonte por: Its Show
Autor(a):
Redação
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