Nova E-Ciber: O futuro da estratégia nacional de cibersegurança em análise

Desafios da soberania em cibersegurança no Brasil incluem a integração entre União, estados e municípios.

10/10/2025 11:30

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Nova E-Ciber: O futuro da estratégia nacional de cibersegurança em análise
(Imagem de reprodução da internet).

Nova Estratégia Nacional de Cibersegurança no Brasil

O Brasil lançou a segunda versão da Estratégia Nacional de Cibersegurança (E-Ciber), sucedendo a primeira versão de 2020. Esta nova abordagem visa elevar a maturidade e a governança da cibersegurança no país.

Detalhes da Nova Versão do E-Ciber

A nova versão do E-Ciber foi estabelecida pelo Decreto nº 12.573, em 4 de agosto de 2025, e elaborada pelo Comitê Nacional de Cibersegurança (CNCiber), que conta com a participação de 25 instituições, sendo 16 do governo e 9 da sociedade civil. Essa atualização representa um avanço significativo na governança e na maturidade da cibersegurança no Brasil.

O decreto introduz uma abordagem contemporânea, alinhada às melhores práticas internacionais, e é fundamentado em quatro pilares principais. No entanto, sua implementação dependerá de três fatores cruciais: liderança eficaz, coordenação clara entre os órgãos envolvidos e recursos orçamentários adequados.

Eixos Temáticos da Nova Estrutura E-Ciber

A nova estrutura do E-Ciber é composta por quatro eixos temáticos:

  • Proteção e conscientização da sociedade, com foco na educação para todos os públicos, especialmente crianças, idosos e grupos vulneráveis;
  • Segurança e resiliência de serviços essenciais e infraestruturas críticas, abrangendo setores como energia, telecomunicações e saúde;
  • Cooperação e integração entre órgãos públicos e privados, promovendo o intercâmbio de informações e um sistema nacional de notificação de incidentes;
  • Soberania nacional e governança, com o objetivo de reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras e incentivar o desenvolvimento tecnológico nacional.

Objetivos Principais do Novo Decreto

Os principais objetivos do novo decreto incluem:

  • Assegurar a confidencialidade, integridade, autenticidade e disponibilidade de sistemas e dados críticos;
  • Promover a soberania digital e estimular a produção nacional de tecnologias;
  • Fomentar uma cultura de prevenção e resposta a ataques cibernéticos;
  • Expandir a educação e capacitação em cibersegurança;
  • Estabelecer cooperação entre governos, setor privado e sociedade civil;
  • Desenvolver um modelo nacional de maturidade em cibersegurança para monitorar avanços.

Desafios na Implementação da Cibersegurança

A implementação do E-Ciber enfrenta desafios significativos, como a necessidade de transformar as áreas estratégicas em planos de ação concretos, com responsáveis, cronogramas e recursos financeiros adequados. A integração entre os entes federativos e a previsão orçamentária são aspectos críticos que precisam ser abordados.

Além disso, o Brasil deve investir em pesquisa e desenvolvimento, parcerias com institutos de pesquisa e startups para combater o cibercrime. O sucesso do modelo nacional de cibersegurança proposto no Decreto nº 12.573 dependerá da superação desses desafios, mas o Brasil tem um histórico de resiliência e capacidade de enfrentar adversidades.

Fonte por: Convergencia Digital

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