O ERP de R$ 500K que se transformou em uma calculadora cara

Sua empresa utiliza apenas 30% do ERP? Descubra as razões, o impacto na governança e como evitar investimentos que não trazem resultados.

3 min de leitura
ERP: Gestores analisando dashboards complexos em reunião.

ERP: Gestores analisando dashboards complexos em reunião.

Desafios na Implementação de Sistemas de Gestão Financeira

Investimentos significativos em sistemas de gestão financeira, como ERPs, são comuns em empresas de médio porte. No entanto, após dois anos de uso, muitos executivos se deparam com a realidade de que apenas uma fração das funcionalidades está sendo utilizada. A frustração é evidente: “Funciona, mas usamos apenas 30% do que pagamos”.

Expectativas vs. Realidade

O cenário se repete em diversas empresas: após um investimento considerável em um ERP, que inclui consultorias e treinamentos, a expectativa é de que a nova ferramenta traga eficiência. Contudo, a realidade é que muitos ainda recorrem ao Excel para relatórios gerenciais, pois consideram mais prático e flexível.

Esse fenômeno é comparável a adquirir um carro de luxo, mas utilizá-lo apenas em baixa velocidade, enquanto se recorre a um veículo mais simples para situações que exigem agilidade.

Percepções Comuns sobre os Problemas

As justificativas mais frequentes para a insatisfação com os sistemas incluem a falta de treinamento, resistência à mudança e a complexidade dos sistemas. Muitas empresas optam por investir mais em treinamentos e consultorias, acreditando que isso resolverá os problemas.

No entanto, após meses, o Excel continua sendo a ferramenta preferida, enquanto o ERP se torna um sistema subutilizado, sem que as verdadeiras causas do problema sejam abordadas.

A Realidade das Empresas de Médio Porte

As empresas de médio porte frequentemente não operam conforme os manuais dos ERPs sugerem. A realidade é que os processos variam significativamente de acordo com o cliente e a situação, o que torna a rigidez dos sistemas um obstáculo. Muitas vezes, as equipes criam soluções alternativas para contornar as limitações do ERP, mantendo o controle real em planilhas.

Essa fragmentação resulta em um ambiente de trabalho onde a confiança nos sistemas é baixa, e a tomada de decisões se torna um processo demorado e complicado.

Governança Organizacional: O Verdadeiro Problema

O cerne da questão não é a tecnologia, mas sim a falta de governança organizacional. Muitas vezes, as decisões sobre a implementação do ERP são tomadas sem um entendimento claro de como a empresa realmente opera. Isso leva a uma imposição de processos que não refletem a realidade do dia a dia.

Além disso, a falta de uma liderança clara para governar o sistema após a implementação resulta em uma pulverização das decisões, onde cada departamento age de forma independente, sem coordenação.

Propostas para a Solução

Para resolver esses problemas, é necessário adotar uma abordagem que vá além de um simples projeto de TI. A transformação organizacional deve ser contínua e profunda, envolvendo três etapas principais:

Essa abordagem exige tempo e comprometimento, mas é essencial para evitar que, em alguns anos, a empresa se veja novamente em busca de um novo ERP que promete resolver todos os problemas.

A verdadeira questão não é qual sistema adquirir, mas sim se a empresa está preparada para governar adequadamente o sistema que já possui.

Fonte por: Its Show

Sair da versão mobile