Segurança preventiva e governança de IA pedem nova atitude de líderes em 2026
Mudança estratégica em 2026: fim da defesa reativa e início da “confiança digital” nas lideranças de tecnologia.
Transformações na Tecnologia até 2026
A transição para 2026 trará uma mudança significativa na abordagem das lideranças em tecnologia, marcando o fim da defesa reativa e a consolidação da “confiança digital“. Com o avanço das legislações sobre inteligência artificial (IA) e o aumento da sofisticação dos ciberataques, a credibilidade e a postura preventiva se tornam requisitos essenciais para a operação das empresas.
Um estudo da Tripla, empresa especializada em tecnologia e cibersegurança, mapeou as tendências tecnológicas e regulatórias para os próximos anos. A pesquisa revela que a adoção de automação e IA exigirá bases sólidas de ética e governança para garantir a sustentabilidade dos negócios.
Do Reativo ao Preventivo
A primeira grande mudança prevista é a realocação dos orçamentos de segurança. Diante de ameaças impulsionadas por IA generativa, como phishing hiper-realista e deepfakes, esperar que um ataque ocorra tornou-se financeiramente inviável. A projeção é que, até 2030, metade dos investimentos em segurança de TI será direcionada a soluções preventivas, alinhando-se a tendências globais já observadas.
Os CIOs devem focar em:
- CTEM (Continuous Threat Exposure Management): Programas que avaliam continuamente a exposição a riscos.
- Arquiteturas SASE e SSE: Convergência de segurança e rede na nuvem para fortalecer o modelo Zero Trust.
Impacto da Governança Algorítmica
Com a possível aprovação do Marco Legal da IA (PL 2338/2023), a governança se tornará uma obrigação legal, não apenas uma boa prática. As empresas precisarão estabelecer comitês éticos e garantir a transparência de seus algoritmos.
Outro ponto importante é o impacto ambiental. O funcionamento de mega data centers para IA generativa aumentou o consumo de energia e água, o que pode levar a novas regulamentações ambientais específicas para o setor. As empresas que utilizam IA precisarão prestar contas sobre a ética e a sustentabilidade de suas operações.
Novas Identidades e o Fim das Senhas
A gestão de identidade enfrentará duas frentes principais. A primeira é a eliminação das senhas tradicionais em favor de passkeys (credenciais criptográficas) e biometria comportamental, uma mudança já liderada por empresas como Apple e Google para reduzir vulnerabilidades.
A segunda frente envolve o gerenciamento de identidades não humanas. Com o aumento de agentes de IA e bots nas empresas, essas “entidades” precisarão de controles de acesso rigorosos para evitar que se tornem vetores de ataque.
Equilíbrio entre Produtividade e Privacidade
No ambiente de trabalho híbrido, os líderes enfrentarão o desafio de equilibrar produtividade e privacidade. O monitoramento das equipes, embora necessário para identificar gargalos, deve respeitar os limites éticos e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A transparência será fundamental. As organizações devem justificar claramente a coleta de dados, evitando a percepção de vigilância invasiva. A tecnologia deve ser utilizada para fortalecer o trabalho e fornecer dados para decisões justas, não apenas para monitorar.
A Importância da Confiança no Mercado
Para os líderes de tecnologia, a mensagem para 2026 é clara: a confiança se tornou um ativo comercial. No mercado B2B, certificações de segurança e compliance automatizado estão se tornando requisitos básicos nos processos de compra. Uma infraestrutura resiliente e cadeias de suprimentos auditáveis serão essenciais para operar e inovar com segurança nos próximos anos.
Fonte por: It Forum
Autor(a):
Redação
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