State of Ransomware 2025: inteligência artificial impulsiona corrida cibernética

Inteligência artificial eleva ataques cibernéticos e desafia empresas; CrowdStrike alerta para nova era na segurança digital.

31/10/2025 17:00

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Inteligência artificial auxilia analista de cibersegurança obser...

Ameaças Cibernéticas Impulsionadas por Inteligência Artificial

Um novo cenário de ameaças cibernéticas está emergindo, com a inteligência artificial (IA) como seu principal motor. O relatório State of Ransomware 2025, da empresa de cibersegurança CrowdStrike, revela que 76% das organizações globais reconhecem não conseguir acompanhar a velocidade e a sofisticação dos ataques cibernéticos impulsionados por IA. Essa realidade indica que a segurança digital entrou em uma nova era, onde a vantagem competitiva depende do domínio da inteligência artificial.

Principais Descobertas do Relatório

O estudo da CrowdStrike destaca as falhas das defesas tradicionais. Uma das conclusões mais alarmantes é a obsolescência das ferramentas legadas. Aproximadamente 48% das empresas consideram as cadeias de ataque automatizadas por IA como a maior ameaça de ransomware atualmente. Além disso, 85% concordam que os sistemas de detecção convencionais estão se tornando ineficazes diante da sutileza dos ataques aprimorados por IA.

A velocidade dos ataques é um fator crítico. Cerca de 50% das empresas temem não conseguir detectar ou responder rapidamente a um ataque movido por IA. Como resultado, menos de 25% das organizações conseguem se recuperar de um incidente em 24 horas, e muitas enfrentam interrupções significativas ou perda permanente de dados.

O fator humano, tradicionalmente considerado o elo mais fraco da segurança, está sendo explorado de maneira eficaz. O phishing, um vetor de ataque já conhecido, foi aprimorado pela IA, tornando os e-mails e mensagens muito mais convincentes. Além disso, os deepfakes emergem como uma nova e perigosa ameaça, capazes de enganar funcionários por meio de áudio e vídeo manipulados.

O relatório também revela que pagar o resgate não é uma solução viável, pois 83% das empresas que cederam à extorsão foram atacadas novamente. Em 93% dos casos, os dados foram roubados e frequentemente vazados, mesmo após o pagamento. Além disso, 76% das organizações enfrentam uma “desconexão de liderança”, onde a percepção da alta gestão sobre a prontidão contra ransomware diverge da realidade operacional, evidenciando a necessidade de um engajamento mais profundo da diretoria na modernização das defesas.

Uma Nova Abordagem para a Segurança

Em resposta a esse cenário desafiador, a CrowdStrike propõe uma mudança de paradigma. Para enfrentar a velocidade e a complexidade das ameaças de IA, a defesa também deve ser impulsionada por IA. A empresa lançou sua Agentic Security Platform, que combina IA generativa, aprendizado de máquina e agentes autônomos de segurança.

Essa plataforma cria a Força de Trabalho de Segurança Agêntica, onde analistas humanos coordenam agentes de IA prontos para executar missões críticas de segurança. Esses agentes automatizam fluxos de trabalho, priorizam ameaças em tempo real e reduzem significativamente o tempo entre a detecção e a ação. A estratégia é clara: usar a automação e a inteligência da IA para devolver a vantagem aos defensores.

Em conclusão, o relatório State of Ransomware 2025 é um alerta urgente para todas as organizações. A era dos ataques cibernéticos artesanais está sendo substituída por uma indústria do crime automatizada e rápida. Ignorar essa transformação não é uma opção. A sobrevivência no novo campo de batalha digital dependerá da capacidade das empresas de adotar defesas igualmente inteligentes e ágeis, vencendo a corrida armamentista da inteligência artificial.

Fonte por: Its Show

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