Telecom: Reforma reduz engenharia tributária, mas impostos aumentam até 10 pontos
Empresas expressam críticas à postura dos estados sobre a regulamentação do IBS, dividindo-se entre otimismo e preocupação.

Expectativas do Setor de Telecomunicações sobre a Reforma Tributária
Empresas de telecomunicações manifestam um misto de otimismo e preocupação em relação à reforma tributária, que pode favorecer a competição pela qualidade dos serviços. No entanto, há incertezas sobre o impacto real da nova carga tributária. O assunto foi debatido durante o Evento Neo 2025, realizado em Salvador-BA.
Desafios e Oportunidades na Implementação da Reforma
Leandro Salatti, diretor de relações institucionais da Alloha Fibra, destacou a complexidade do sistema de compensação de créditos e a falta de preparo de muitos escritórios de contabilidade para a transição. Ele enfatizou a necessidade de cuidado para que a nova carga tributária não comprometa a rentabilidade das empresas, que já enfrentam altos custos e dificuldades em repassar aumentos aos consumidores.
Impacto da Carga Tributária no Setor
Irineu Cassel, da Prosper Capital, prevê um aumento da carga tributária sobre telecomunicações entre 4 e 10 pontos percentuais, apesar da promessa de neutralidade fiscal. Ele acredita que as empresas mais estruturadas sairão fortalecidas desse processo, enquanto a consolidação do mercado continuará por meio de fusões e aquisições.
Regulamentação e Concorrência Justa
Cassel criticou a postura de alguns estados em relação à regulamentação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), ressaltando a importância do respeito às normas estabelecidas pela Anatel. Por outro lado, Flávio Rossini, da Vero Internet, vê a reforma como uma oportunidade para equilibrar a concorrência, eliminando brechas que permitiam planejamentos tributários inadequados.
Perspectivas Futuras e Integração Tecnológica
A secretária de Fazenda de Salvador, Giovana Victer, apontou que a reforma visa ampliar a base tributária e tornar a arrecadação mais justa e transparente. Ela ressaltou a importância da integração tecnológica entre os sistemas do IBS e do CBS, destacando que a conectividade é essencial para que municípios menores possam participar efetivamente do novo modelo tributário.
Fonte por: Convergencia Digital
Autor(a):
Redação
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