Telefónica destaca papel essencial da Vivo em novo plano global de IA e digitalização

“Brasil é essencial para nosso crescimento global”, declara CEO Marc Murtra. Empresa se retira de todos os outros países da América Latina.

04/11/2025 17:00

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(Imagem de reprodução da internet).

Telefónica Lança Novo Plano Estratégico “Transformar e Crescer”

No dia 4 de novembro, a Telefónica revelou seu novo plano estratégico global, intitulado “Transformar e Crescer”, que guiará as ações da empresa entre 2026 e 2030. O foco principal do plano é a eficiência, a inovação tecnológica e o crescimento sustentável. O presidente global da companhia, Marc Murtra, destacou a importância do Brasil como um eixo estratégico, ao lado de países como Espanha, Alemanha e Reino Unido, e apresentou medidas para simplificar operações, reduzir custos e acelerar a digitalização.

Importância do Brasil no Novo Plano

Durante a apresentação, Murtra enfatizou que a Telefónica precisa se transformar para crescer, ressaltando que a subsidiária Vivo, no Brasil, desempenha um papel crucial nessa expansão. O Brasil, sendo o maior mercado da América Latina, possui um PIB elevado e altas taxas de crescimento, o que o torna fundamental para o crescimento global da empresa.

Protagonismo do Brasil nas Iniciativas de Eficiência

O diretor de operações (COO) da Telefónica, Emilio Rodríguez, detalhou que o Brasil será central na implementação das alavancas de eficiência do novo plano, especialmente nas áreas de rede, digitalização e atendimento ao cliente. Ele mencionou que a desativação da rede de cobre é uma das medidas que trará economias significativas.

Inovações Tecnológicas e Redução de Custos

Rodríguez explicou que a empresa está investindo em arquiteturas de rede virtualizadas, que diminuem a necessidade de equipamentos físicos e aumentam a flexibilidade operacional. A digitalização das interações com os clientes e a utilização de inteligência artificial no atendimento são algumas das principais fontes de economia e eficiência que a Telefónica está adotando.

Metas e Investimentos Futuros

As iniciativas do novo plano visam reduzir os custos operacionais em até 25% até 2027, com uma meta de economias anuais de até €2 bilhões até 2030. Além disso, a Telefónica planeja uma reestruturação significativa de seu centro corporativo e das unidades de negócio, buscando simplificar o modelo operacional e conceder maior autonomia às operações locais, incluindo as do Brasil.

Murtra também mencionou a fragmentação do mercado europeu, que conta com 38 operadoras, o que coloca a região em desvantagem em comparação com países como EUA e China. Embora o plano não indique fusões específicas, o CEO afirmou que o mercado europeu pode se beneficiar de sinergias significativas através de consolidações.

O plano inclui investimentos de €55 bilhões em redes e tecnologia nos próximos quatro anos, com foco em fibra óptica, 5G, computação em nuvem e inteligência artificial. A expectativa é garantir um crescimento médio anual de 1,5% a 2,5% até 2028, aumentando para até 3,5% entre 2028 e 2030, enquanto os custos são reduzidos por meio de automação e venda de ativos.

Além disso, a empresa anunciou uma redução nos dividendos, que permanecerão em €0,30 por ação em 2025 e serão cortados pela metade em 2026, o que resultou em uma queda de quase 10% nas ações no dia do anúncio.

Nos primeiros nove meses de 2025, a Telefónica registrou um prejuízo de €1,08 bilhão, impactada pela venda de operações na América Latina. No entanto, desconsiderando esses efeitos, o lucro teria sido de €828 milhões, uma queda de 46% em relação ao mesmo período de 2024, com uma receita total de €26,9 bilhões, representando uma redução de 2,8%. O desempenho no Brasil e na Espanha ajudou a compensar as perdas em outros mercados.

Fonte por: Convergencia Digital

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