Desafios da Segurança em Nuvem e Inteligência Artificial
Executivos da Tenable, incluindo Alejandro Dutto e Daniel Sant’Anna, destacaram a necessidade urgente de atualizar as práticas de segurança em resposta à rápida adoção de tecnologias em nuvem e inteligência artificial (IA). Durante uma coletiva de imprensa em São Paulo, eles discutiram os resultados da pesquisa “O Estado da Segurança de IA e Nuvem 2025”, que revela que a infraestrutura evoluiu, mas as estratégias de segurança não acompanharam esse avanço.
Dados da Pesquisa sobre Segurança em Nuvem
O relatório, elaborado em parceria com a Cloud Security Alliance (CSA), enfatiza que a segurança deve integrar pessoas, processos e tecnologia. A pesquisa aponta que 82% das organizações operam em ambientes híbridos, 63% utilizam múltiplos provedores de nuvem e 55% já implementam IA em suas operações. Essa complexidade gera riscos significativos, como a falta de visibilidade e governança inadequada de identidades.
Riscos e Vulnerabilidades Identificadas
Os dados revelam que 34% das organizações com cargas de trabalho de IA já enfrentaram violações relacionadas a essa tecnologia. Além disso, a pesquisa indica que as práticas de segurança atuais são insuficientes, com baixa adesão a testes específicos e à criptografia de dados. Dutto ressalta que as causas dos incidentes de segurança são frequentemente subestimadas, com vulnerabilidades de software e falhas de modelos sendo as principais responsáveis.
Identidade como Principal Vulnerabilidade
A identidade é identificada como o elo mais fraco na segurança, com 59% das organizações relatando identidades desprotegidas como um risco crítico. Entre as violações, as principais causas incluem excesso de permissões e controles de acesso inconsistentes. Apesar do reconhecimento do problema, muitas empresas ainda enfrentam lacunas estruturais que dificultam a implementação de soluções eficazes.
Estratégias para Fortalecer a Segurança
Para melhorar a segurança em nuvem e IA, as organizações devem adotar uma abordagem proativa, focando na identificação de riscos e na implementação de métricas adequadas. Sant’Anna sugere um caminho de maturidade em cinco etapas, que inclui priorizar visibilidade unificada, investir em governança de identidade e expandir indicadores de desempenho para refletir a prevenção e a resiliência.
Capella alerta que, se a segurança não evoluir junto com a inovação, a transformação digital poderá ser comprometida. Ele enfatiza que o futuro pertence às organizações que conseguirem equilibrar velocidade e segurança em suas operações.
Fonte por: Convergencia Digital