Unicamp lança supercomputador de IA de US$ 1 milhão com apoio da Shell Brasil

Recod.ai da Unicamp inaugura supercomputador com apoio da Shell Brasil para projetos de pesquisa em Inteligência Artificial.

25/11/2025 13:20

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A imagem mostra um momento simbólico de inauguração ou ativação ...

Inauguração de Supercomputador na Unicamp

O Laboratório de Inteligência Artificial (IA) Recod.ai, vinculado ao Instituto de Computação da Unicamp, recentemente inaugurou um supercomputador. O cluster foi adquirido com recursos da Shell Brasil, provenientes da cláusula de PD&I da ANP, dentro do Centro de Estudos de Energia e Petróleo (CEPETRO/Unicamp). Este equipamento será utilizado em pesquisas que integram IA e engenharia de petróleo, visando otimizar decisões operacionais em campos do pré-sal brasileiro.

Objetivos e Investimento do Projeto

O diretor-geral de Tecnologia da Shell Brasil, Olivier Wambersie, enfatiza que a área de P&D da empresa busca acelerar a adoção de tecnologias avançadas. Projetos como este ampliam a capacidade de digitalização e a aplicação de inteligência artificial em desafios complexos da indústria de energia, promovendo uma integração eficaz entre ciência, dados e inovação.

Nomeado Abaporu, em homenagem à obra de Tarsila do Amaral, o cluster é composto por 28 placas gráficas NVIDIA H200 e L40s, com um investimento inicial de cerca de US$ 1 milhão. Instalado no datacenter do Instituto de Computação, o sistema priorizará projetos em parceria com a Shell Brasil, mas também estará disponível para outras pesquisas do Recod.ai e do Instituto de Computação.

Segundo o coordenador do Recod.ai, professor Anderson Rocha, o Abaporu é considerado o maior cluster de inteligência artificial da Unicamp e um dos mais robustos dedicados à pesquisa universitária no Brasil.

Colaboração entre Recod.ai e Shell Brasil

A parceria entre o Recod.ai e a Shell Brasil já dura mais de seis anos, focando no uso de inteligência artificial e aprendizado de máquina para enfrentar desafios na indústria de energia. Atualmente, o grupo está em um novo ciclo de pesquisa que se estenderá até 2028, com ênfase no desenvolvimento de modelos de linguagem generativa para simulação e gerenciamento de reservatórios de petróleo.

Esses modelos permitirão que engenheiros e geocientistas interajam com sistemas complexos de simulação utilizando linguagem natural, facilitando a transformação de comandos técnicos em instruções conversacionais.

Com a IA generativa, a interação se tornará mais intuitiva e ágil, aplicando o conceito de inteligência aumentada, que reduz a complexidade entre o especialista e o problema a ser resolvido. O objetivo é criar uma interface onde o engenheiro possa “conversar” com o reservatório e com simuladores de petróleo.

Na prática, isso permitirá que um profissional faça solicitações como “simule os próximos 12 anos de produção do campo X, considerando os poços Y e Z e variação de injeção de água”, e o sistema traduzirá automaticamente esse pedido para os formatos técnicos necessários, acionando simuladores clássicos de reservatórios.

Fonte por: It Forum

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