Urna eletrônica é alvo de 35 ataques durante testes no TSE

Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais 2025

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está realizando a 8ª edição do Teste Público de Segurança dos Sistemas Eleitorais, conhecido como Teste da Urna 2025. Até o dia 5 de dezembro, 27 investigadores estão reunidos na sede do TSE, em Brasília, para executar 35 planos de ataque com o objetivo de identificar vulnerabilidades e aprimorar os sistemas de votação, apuração e totalização que serão utilizados nas Eleições Gerais de 2026.

Importância da Iniciativa para a Transparência Eleitoral

Essa iniciativa faz parte do ciclo contínuo de desenvolvimento e auditoria da urna eletrônica, sendo considerada uma ferramenta essencial para a fiscalização do processo eleitoral. O evento conta com a presença de instituições fiscalizadoras, observadores acadêmicos e representantes da imprensa, evidenciando o compromisso da Justiça Eleitoral com a transparência e a integridade do sistema.

Participação de Pesquisadores e Inovações

Entre os planos aprovados nesta edição, destaca-se um grupo de pesquisadores de Juiz de Fora (MG), que busca corromper uma das fontes do sistema da urna e substituí-la por uma alternativa desenvolvida pela própria equipe. Rosângela Marques, uma das investigadoras, ressalta a importância da diversidade de especialidades na iniciativa, afirmando que a participação de profissionais de diferentes áreas é fundamental para entender o funcionamento da urna.

Colaboração com a Universidade de São Paulo

A Universidade de São Paulo (USP) participa do Teste da Urna desde 2021, por meio de um convênio com o TSE. O projeto envolve atualmente um doutorando, quatro mestrandos e cerca de oito estudantes de iniciação científica, que utilizam os resultados dos testes em suas pesquisas. Uma tese de doutorado baseada nos achados do programa está prevista para ser defendida em 2026.

Principais Eixos do Convênio entre TSE e USP

O convênio entre o TSE e a USP abrange quatro eixos principais: o teste da urna, focando nos processos de transmissão e recepção de dados; o Projeto Eleições do Futuro, que investiga inovações para o sistema eleitoral; o desenvolvimento de logs transparentes para recontagem de votos; e propostas de verificabilidade fim a fim, que visam permitir testes diretamente na urna utilizada durante a votação.

Fonte por: Convergencia Digital