Reflexões do Web Summit: Lições sobre Inovação e Criatividade
Após participar do Web Summit, voltei com uma série de insights valiosos sobre inteligência artificial, startups e inovação. Como analista de conteúdo no Brivia_Group, minha missão em Lisboa foi absorver as novidades e tendências do setor. Aqui estão três lições principais que ainda ressoam após o evento.
Autenticidade é Fundamental
No painel “The Power of Social Intelligence”, Irina Novoselsky, CEO da Hootsuite, e Rose Wang, COO da Bluesky, destacaram a importância da autenticidade na era digital. Estudos mostram que 70% da Geração Z inicia suas buscas nas redes sociais, evidenciando uma mudança de comportamento que transforma a forma como marcas e criadores se conectam.
Atualmente, não é suficiente apenas publicar conteúdo; é necessário ouvir e interpretar as interações do público. A inteligência artificial pode otimizar processos, mas não substitui a intenção e a compreensão das nuances humanas. Como enfatizou Irina, a verdadeira defesa contra a IA é a humanidade, lembrando que a tecnologia deve ser usada para alcançar objetivos, sem perder a sensibilidade que as máquinas não conseguem oferecer.
Objetivos Superam Métricas
Outra lição importante foi apresentada por Alex Schultz, CMO da Meta, que ressaltou a diferença entre objetivos e métricas. O objetivo define o porquê e o que se deseja alcançar, enquanto a métrica é a ferramenta para medir o progresso. Muitas marcas falham em entender seus objetivos, o que resulta em uma desconexão com as necessidades e expectativas do público.
Focar apenas em números como likes e seguidores pode desviar a atenção do que realmente importa: o comportamento humano. Com clareza sobre os objetivos, as marcas conseguem se conectar de maneira mais eficaz com as pessoas, definindo métricas que realmente fazem sentido para acompanhar seu progresso.
A IA e a Criatividade: Uma Nova Dinâmica
O último dia do Web Summit trouxe discussões sobre o impacto da IA no setor criativo, especialmente em Hollywood. A inteligência artificial generativa tem o potencial de democratizar produções, permitindo que projetos antes inviáveis ganhem vida com orçamentos reduzidos. No entanto, também surgem preocupações sobre os riscos para os criadores que dependem de plataformas que não controlam.
Joseph Gordon-Levitt, no painel “Own Your Digital Self”, levantou questões sobre a propriedade digital e a compensação justa para os criadores. Se nossos dados e conteúdos são utilizados para treinar modelos de IA, é essencial reivindicar direitos sobre esses recursos. Um futuro criativo deve garantir que o poder não permaneça concentrado nas grandes empresas, mas sim nas pessoas que criam.
Conclusão: A Importância da Autenticidade e da Estratégia
O Web Summit reafirmou que a tecnologia avança rapidamente, mas cabe a nós utilizá-la a nosso favor, mantendo o que nos torna únicos. Embora as ferramentas evoluam, uma estratégia de sucesso deve sempre se basear na autenticidade e na criação humana. O futuro da inovação deve ser construído por pessoas, para pessoas.
Fonte por: It Forum