Indústria pede mudanças no Redata para combater extrativismo digital de importados
Abinee solicita que regime especial impeça benefício fiscal para equipamentos com similar nacional.
Abinee Defende Regime Especial de Tributação para Datacenters
A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) está pressionando para que o Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter, conhecido como Redata, estabeleça mecanismos que evitem a facilitação da importação de equipamentos, considerando a capacidade produtiva já existente no Brasil.
Preocupações com a Importação de Equipamentos
Durante a divulgação dos resultados do setor eletroeletrônico em 2025, o diretor setorial de informática da Abinee, Mauricio Helfer, enfatizou a necessidade de um marco tributário que favoreça a produção local. Ele alertou que, se o Brasil não souber aproveitar essa oportunidade, poderá se tornar dependente de produtos importados, o que ele chamou de “extrativismo digital”.
Helfer destacou que, embora o Redata possa atrair grandes data centers para o país, é crucial que os incentivos não resultem apenas em um aumento da entrada de produtos estrangeiros. Ele apontou que a geração de empregos diretos em data centers é limitada, focando mais em funções de manutenção e limpeza.
Impacto na Cadeia Produtiva
O diretor da Abinee ressaltou que o verdadeiro impacto positivo do Redata deve ocorrer na cadeia produtiva, que inclui fabricantes, integradores, institutos de pesquisa e centros de inovação. Ele enfatizou que a iniciativa deve beneficiar todo o ecossistema da indústria eletroeletrônica, além de promover investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Propostas para o Redata
Helfer sugeriu que o Redata adote uma abordagem semelhante ao ex-tarifário, que oferece incentivos fiscais para a importação apenas quando não há produtos similares fabricados no Brasil. Ele defendeu que, se houver produção local, as compras devem ser priorizadas no mercado nacional, e a redução de impostos de importação deve ser aplicada apenas a produtos não fabricados no país.
Próximos Passos para a MP 1.318/25
A Medida Provisória 1.318/25 está atualmente em análise na comissão mista do Congresso e já recebeu várias emendas. Os principais pontos em discussão incluem os critérios de habilitação das empresas, as contrapartidas de investimento em P&D, a definição de “similar nacional” e o enquadramento tarifário de produtos vendidos como sistemas.
Fonte por: Convergencia Digital
Autor(a):
Redação
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